13 de Abril de 2021
O
CAMALEÃO. OSHO
Algo flutua no ar ... A
espessura, está mais escura no bosque, em alguns lugares mais do que em outros.
Os animais, os anfíbios, os mamíferos, os insetos, se movem todos. Cada um
respectivamente seguindo suas coordenadas e tratando de conseguir o alimento
apropriado para sua própria existência e também coexistência. De outra forma
também, existe o camaleão, que, não se mostra tal qual é, e este é, tal qual, o
ser humano.
Se tinge de cores diversas, tapando sua face,
seu corpo, usa ante face, porque não quer ser reconhecido nem visto. Porque o
ser humano em si, é um predador. Mas vejamos, as vezes também, o camaleão cai
em sua própria armadilha. E a armadilha é, que já há usado tantas cores, tantas
mentiras, tantas formas de mascarar-se, tantas formas de colocar-se fachadas,
que seu rosto já está marcado, por essas atitudes nefastas, negativas,
mentirosas, enganosas; e, quem as conhecem, pode estar alerta quanto a isso, para
que esse camaleão, não se converta
em seu predador.
Para isso se necessita
converter em tigre, consciente, alerta, sempre cheirando se há perigos, ver de
onde vem os ventos, de onde sopram, etc. ...
Sua família está aí, seus cachorros, sua fêmea, etc. ...
Todos os animais tem
diferentes costumes, mas assim também, o ser humano, que é outra classe de
mamífero. Falamos dos mais comuns, mas igual, há atitudes que são como a dos
animais. Há pessoas que se movem como a tartaruga, lentamente, lentamente, mas,
não estou falando do corpo físico, nem do movimento físico. Estou falando de
sua mente, de tomar atitudes. Se movem lento, lento, lento, porque nunca estão
seguros de nada. Querem que algo dure, dure e dure, como sua vida. As
tartarugas costumam ser, de alguma forma assim. Todos creem que é muito sábia,
mas, as vezes, trazem escondidas seus próprios segredos: “vamos devagar, vamos devagar,
assim duramos mais”. E isto se aplica totalmente à vida de relações.
Há outros, que pelo
contrário, tendem a escapar-se e tal qual as serpentes, escondem seus
cometidos, seus propósitos; podem se camuflar também, entre o gramado, entre as
ramas secas e logo tomam por surpresa e uma vez que tomam por surpresa já não
há mais nada que fazer. Por isso, se a pessoa não está completamente, adestrada
por si mesma, se a pessoa não indaga, não investiga: O que é a vida? De que
está feita? De que estão feitos os sentimentos humanos? ... Primeiro há que
investigar dentro de si mesmo, porque a pessoa que mente, sabe que mente, e não
pode, não o pode negar. Pode chamar a outros de mentirosos, mas, em realidade,
a pessoa que mente, sabe, que o faz. A pessoa que esconde algo, sabe que o
esconde, claro que o disfarça. O leva para traz, quiçá na borda, quiçá no
ático, mas aí estão, quiçá o levam ao sótão, ao subconsciente... mas a pessoa
sabe que estão ali. Estão todas suas tretas, suas armadilhas, suas poções
venenosas, para que quando chegue o momento, tenha o “As” embaixo da manga e
assim deixar que sua vítima não possa escapar, porque em definitiva, a vida de
relações as vezes se converte em “o prisioneiro, e o que manda, o que
tem a chave ou o cadeado”, e isso é muito triste.
Agora há que ver como nasce tudo isso. Se dura
como a tartaruga ou se, toma as decisões rápidas como a serpente. Nem
uma das duas é conveniente
Para isso, O Arcano, o Louco, é o que
está vigente agora e tomará mais vigor até o dia 15 de abril, chegando
em suas últimas instâncias ao 17 de abril. A que me refiro? Me refiro
especificamente, que se houver que terminar com algum carma que esteja solto
por ali, mais que nada, nas relações de casal, também pode ser de família, mais,
de casal, há que fazê-las agora. Agora é o momento de largar-se, como O
Louco. Mas cuidado! Que largar-se como O Louco, é tomar a decisão
interna. Há que largar-se de dentro, há que soltar de dentro.
Há que soltar amarras.
Um grande navio, quando leva âncoras, não sai disparado, não, nada disso. Com
muito cuidado se distancia da costa e logo programa bem sua rota, sua
travessia, para chegar a bom destino, a bom porto. Isso o faz, seguindo ao
Mago, o Arcano número 1. Apressar-se, não serve de nada.
Apressar-se quando já se está em caída livre, não. O que há que apressar-se
é, tomar a decisão, estar internamente seguros, que, o que tem se decidido é
certo e que tem se escolhido a liberdade, por cima de todas as coisas, do
próprio espírito, da própria alma, do SER, em si mesmo.
Se a vida, nestes
instantes, como digo em uma de minhas cartas, se parece uma sacudida do berço à
tumba, pode converter-se ao contrário, da tumba, ao berço. Imaginar então que,
O Louco, é isso. De onde estavas, em uma tumba, encerrado, encerrada, tua
decisão, te fará livre e te levará ao teu berço, em seguida. Teu berço, são
tuas raízes, teu berço és tu, quando ainda não estavas tão ferido, ferida,
tão doído, tão doída, tão arranhado, arranhada, por tantas circunstâncias
infaustas, vividas junto a teu ou teus parceiros. Então tomas a decisão, que
tanto era necessária, mas que tudo levou um tempo marcado, não somente por carmas,
ou por missões, senão porque já é o momento, neste ano e neste mês, de tomar
decisões importantes. Largar-se. Largar-se de adentro para fora, não ser mais
um auto prisioneiro e quando saias de tua própria prisão, joga fora a chave
e o cadeado, onde ninguém a veja. Joga ao oceano e que todas tuas tristezas
fiquem para trás. Se não estás seguro, se não estás segura de que tuas
tristezas vão ficar para trás, então, não estás pronto todavia para dar o passo,
para encontrar-te com O Guia, O Mago.
Muita gente confunde,
que, tomar uma decisão arrebatada, é o jogo do Louco, não é esse Arcano. Para
chegar a dar o salto quântico, que o
Louco dá, neste Arcano maravilhoso, é quando já se haja provado todas as
circunstâncias, todas as estratégias, para saber,
se és correspondido ou correspondida com teu parceiro. Quando tudo está
juntando lixo, sujeira por todos lados, quando o único que tem são feridas,
rasgaduras, hematomas, na alma... quando tuas lágrimas quase se secam de tanto
suportar circunstâncias infaustas, então, nesse momento de tanta castração, TOMAS
A DECISÃO. E quando tomas a decisão, sentes, que não sentes nada.
Este é o ponto. Se tomas uma decisão e te dói na alma, todavia não estás
pronto, não estás pronta. Se tomas a decisão e te sentes LIVRE, respiras
em Paz, sentes que há outro céu que te espera; pois adiante. Salta ao vazio. Esse
é O Louco, o precipício, com uma flor na mão. Joga-te!
Logo, quando estás em
caída livre, não estás pensando em nada, estás tão Livre, pela primeira vez,
que, nada queres, nada te ilusiona neste momento, porque não estás vivendo no
velho âmbito em que estavas. Aqui não há ilusões, aqui há uma caída livre.
Agora estás como no útero de Deus, estás protegida, pela tua própria inocência,
por tua própria decisão. Porque já não sentes nada. Não sentes temor, não
sentes dor, não sentes aflição. Não sentes que deixas nada atrás, só um
sentimento de trabalho bem feito, o dever cumprido, então sim, continuas na
caída livre e somente Deus sabe o que esperará adiante. No te adiantes a nada,
simplesmente siga em caída livre. Depois te encontrarás com o Mago e o Mago Te
guiará para onde precisar.
Agora bem, quando uma
relação de casal termina, é bem necessário, como sempre vos falei, de que
vivais o tempo de duelo. O duelo é um impasse. Vocês, quando
falais, ou na partitura de uma música, nunca é tudo sem vírgula ou sem ponto e
vírgula, etc. Tem que haver uma pontuação; tudo são pontos, sempre vos disse.
Tudo está conformado de
pontos. Portanto, uma vez que chegastes para terra, ou quando chegues à terra e
te encontres com o Mago, tu deverás ter terminado teu duelo. Se não está
terminado, então, não te atires em braços de alguém imediatamente, que
te faça de ombro postiço. Não existe.
Voltarás a chocar-te e cada vez pior.
Reserva tuas energias. Guarda-as para teu
coração, que as precisas. Estás em duelo, é a fase do duelo e deve-se viver
honrosamente, cuidadosamente, com paz de espírito. Já não há lágrimas, já não
há dor. A dor foi embora, era o mensageiro que te estava dizendo: pula, pula.
Mas já cumpriu sua missão.
E logo da dor, o que
vem? Simplesmente ÉS. Total, convincentemente, ÉS. Por primeira vez sentes tua
sagrada presença EU SOU. Por primeira vez sentes, quanto vales, que és, quanto és? E quanto aprisionado,
aprisionada estavas nas circunstâncias anteriores. Que bem puderam ser, dívidas
cármicas a pagar.
Mas, de tudo isso tira a
experiência. Não guardes rancor, não guardes ressentimento, porque isso seria
olhar para trás. E O Louco, não olha para trás. O Louco se há atirado ao vazio.
O Louco está no aqui e no agora. Ainda não se encontrou com O Guia, O
Mago. Então até chegar estes dias, 15 ao 17, joga-te, decide, mas decide bem. É uma decisão de dentro, é uma decisão da alma, de teu espírito.
Não é um fazer com ação, compreende! Não tomes atitudes de ação. Agora
há um caminho, quiçá é melhor, ficar um
pouco mais ao lado dessa pessoa porque a vida te exige isso, as
circunstância te exigem, para comprovar tu mesmo, tu mesma, que não sentes nada
mais que gratidão, pela experiência.
Logo disso, o período
será apropriado em cada caso, obviamente. Quem já haja realizado todas essas ações
de soltar, todas essas jogadas de trapézio tão perfeitas, onde tudo se encaixa
perfeitamente, onde nada fica solto... não há pontos soltos. Se há pontos
soltos, a decisão não pode ser tomada ainda.
Mas, quando está tudo
corretamente amarrado, já está fechado. Isto não quer dizer que tu vais olhar
para trás e ficar pensando mal da pessoa com a qual estivestes, nem vais sentir
raiva, nem muito menos. Quer dizer que tu estás indo para tua própria
liberdade. Concordas com isso?
Agora bem, sempre vos
disse que a dor, dói. A dor junto ao amor, dói ainda mais. Quem ama de verdade, dói.
Quem não ama de verdade, goza com o fazer mal a quem está ao seu lado. É ambicioso,
ambiciosa, é uma pessoa controlador, controladora, manipulador, manipuladora.
Se estás nesta situação, pula já mesmo. Peça ajuda, serás ajudado,
ajudada. Não permaneças mais na vacilação.
Mas, os passos tem que
estarem muito bem guiados. Para isso tens que falar com o Guia, com o Mago, com
o que sabe, para que te oriente e tu não fiques, no mais profundo deserto, com
as mãos vazias. Deve compreender-se! Faça as coisas bem. Sinta-te refrescado
nesta experiência. Se alguma parte do teu corpo está te doendo, pergunta-lhe porquê?
Quiçá, tanto frio que tens recebido afetivamente... o frio te machuca. Quiçá,
tanta indiferença que tens recebido, faz que te sintas com um vazio, como uma
folha no vento, que não sabe para onde será dirigida. Tantas coisas. Se te
sentes vazio ou vazia, então, tanto melhor. Porque o recipiente está pronto
para ser enchido de volta com uma nova experiência. Mas não desejes a
experiência, não chames a experiência. Porque a experiência chega sozinha
para ti. Deus sabe, o que deve mandar-te, enviar-te a tua vida. Como,
quando e quem!
Aproveita este tempo, o
bem, para soltar tudo e também para assessorar-te. Lembra-te: a selva está
cheia de predadores. Sai da selva e começa a viver em teu próprio paraíso, onde
ninguém te machuque. Mais para isso, há que trabalhar arduamente. Há uma
fronteira, invisível, entre o bosque, a floresta e o jardim. Se já
passaste todos os perigos do bosque, pois bem, vá para a floresta,
aí estarás menos agredido ou agredida. É a experiência da floresta.
Mas, para alcançar a
experiência do Jardim, deves trabalhar muito, em tudo o que te falei. E na experiência do Jardim, conhecerás as
flores mais belas, as relações mais belas, conhecerás, alguém que te enviará
Deus, para que te ame de verdade, não para que sejas utilizado,
utilizada, não para que reprimas, senão para que te sintas livre de dar e receber.
Averigua onde estás localizado, localizada. No bosque, ainda, terrível?
Passaste a floresta, onde já há menos discussões, mas aonde a vida é triste e
monótona? Ou deste o salto e já podes vislumbrar as flores de um belo jardim,
com uma vida nova, cheia, não de sensabores mais, senão de maravilhas, de
louvores um ao outro, de entrega, um ao outro.
A isso, Eu o chamarei:
Amor, puro e verdadeiro. Reflexiona muito bem e aproveita estes dias, tudo está
para encaminhar-se. Tu decides.
MESTRE OSHO
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