Ashram Ananda, 27 de outubro de
2003.
O tempo como fator existencial
Como
se fora um enxame de abelhas, os seres humanos se movem através de linhas,
delgadas e sutis através do tempo.
Assim,
comandadas por uma direção invisível e perfeita, as abelhas estão programadas
para averiguar aonde irão a formar colméias, qual é o melhor terreno, onde estão as melhores flores e quando
também, sair de um apiário, porque já não serve a seus interesses mancomunados.
Da
mesma forma, cada ser, se translada no tempo, fazendo uso do potencial de
intrínseca direcionalidade que leva dentro, que é basicamente: o guia interior.
Quando alguém não compreende algo, não fica paralisado por muito tempo.
Parecerá que o está, mas está buscando dentro dele. E: que é o que estará buscando?
Estará buscando uma chave, um código que possa desvendar-lhe a chave que
precisa para sair de determinado problema, obstáculo, doença e até
circunstancias de extremo perigo. Tudo isso: o ser buscará dentro, viajando
através de sua própria linha do tempo.
Se
tentarmos imaginar como é essa linha, deveríamos visualizar muitos, milhares de
pequeníssimos pontos, que um ao lado do outro, conformam uma extensíssima ponte
que, a distancia não parece ser muito sólida, porém que em realidade, é o único que nos sustenta unidos a todas nossas
encarnações anteriores e a presente. Isso possibilita e facilita a introspecção
em nossos “eus” mais íntimos, ou intrincados, ou também nos mais sábios que
temos podido espraiar em nosso passado, ou projetar para nosso futuro. Mas
tudo, absolutamente tudo está delineado nessa linha ponteada chamada: tempo.
Por
que dizemos que o tempo é um fator existencial? Porque está relacionado à
ingerência do que conhecemos, desconhecemos, ou poderá ser inconcebível que
seria o mesmo que entrar em parâmetros de consciência de ordem superior.
Quando
se viaja através do tempo, se buscam soluções e de fato, se encontram. Quando
vós tendes um problema a ser resolvido, começais primeiro a tentar ver por onde
veio o “ruído” ou seja: por onde veio à razão de ter dito problema ou
obstáculo. Assim se começa a viajar no tempo, se começam a mover vossos
neurônios, nos quais está arquivada toda a informação que se precisa para se
desvendar, véu a véu, a solução anelada.
Vamos
a ponto: se por exemplo, vos distanciais de vossa realidade: isso imediatamente
vos trará confusão em vossa linha ponteada. Seria o mesmo que saltarmos alguns
pontinhos e de fato, haverá vazios que serão perigosos. Para viajar
adequadamente no tempo, se deve ter em conta que, tudo o que se possa fazer
para encontrar uma solução através dele, será somente seguindo suas próprias
regras, não as que vossa mente concreta pretenda insinuar-vos. Por isso, estar
muito atentos a não vos perder de vossa realidade atual, é o ponto de apoio ou
ponto de partida para tão peculiar viagem.
Uma
vez que estais prontos e determinados para começar dita viagem em procura de
uma solução interior, vereis como vosso sonho muda, cambia. Ou dormireis mais
ou dormireis menos. Mas haverá distúrbios no sonho. Porque o mesmo, é um estado
alterado de consciência. Vosso cérebro continuará buscando a informação, em
vigília ou no sonho. E, de tal forma a busqueis, a encontrareis. O mero fato de
formular o amplo desejo de conhecer a forma de solucionar uma situação, vos faz
facilitadores álmicos de tão peculiar viagem. E começareis a soletrar, por
assim dizê-lo, como é o sondar que deveis fazer, que é o que deveis fazer para
acelerar o processo de situação evolutiva, e em conseqüência, vos vereis
marcados numa alegria interior, que será coroada pelo triunfo de haver logrado
significativas mudanças em vosso desenvolvimento espiritual.
O tempo é ilimitado, porém tem estações. É
como um trilho de trem. E vós podeis deter-vos nas estações que desejeis para
aprofundar o que deve ficar mais claro ali, algo que não havias culminado de
trabalhar em outra vida. E, sentindo-se em vossa pele emocional, o podeis
solucionar agora, neste tempo atual.
Mas
também e por outro lado, quando neste vosso tempo atual, não possais encontrar
a solução a vosso problema, então fareis o mesmo, viajando no tempo, e pedireis
a ajuda a alguma de vossas sínteses antigas, que em alguma de vossas
encarnações, já soube como resolver dita questão determinada e dela vos
nutrireis para poder resolvê-la agora. Mas: por que haveria de reiterar-se nesta
vida, se é que já a haveis solucionado em outra? Porque estivestes inseguros
quando o fizestes. E não foi um registro forte, senão mais bem fortuito. E por isso, ficou no passado, e por isso, é uma poupança espiritual que vos
servirá agora quando tenhais carência de informação para resolver o mesmo exato
problema. Mas, desta vez: ficará absolutamente registrado, porque vossa consciência
atual é muito mais ampla, e está abastecida pela enorme impregnação da Era
Aquariana, que vos aporta receptividade, mudança e profundidade no sentir.
Continuaremos
mais adiante com outros exemplos.
A
Irmandade de Lady Nada.
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