domingo, 13 de novembro de 2022

 

Ashram Ananda, 27 de outubro de 2003.

 

O tempo como fator existencial

 

               Como se fora um enxame de abelhas, os seres humanos se movem através de linhas, delgadas e sutis através do tempo.

               Assim, comandadas por uma direção invisível e perfeita, as abelhas estão programadas para averiguar aonde irão a formar colméias, qual é o melhor  terreno, onde estão as melhores flores e quando também, sair de um apiário, porque já não serve a seus interesses mancomunados.

               Da mesma forma, cada ser, se translada no tempo, fazendo uso do potencial de intrínseca direcionalidade que leva dentro, que é basicamente: o guia interior. Quando alguém não compreende algo, não fica paralisado por muito tempo. Parecerá que o está, mas está buscando dentro dele. E: que é o que estará buscando? Estará buscando uma chave, um código que possa desvendar-lhe a chave que precisa para sair de determinado problema, obstáculo, doença e até circunstancias de extremo perigo. Tudo isso: o ser buscará dentro, viajando através de sua própria linha do tempo.

               Se tentarmos imaginar como é essa linha, deveríamos visualizar muitos, milhares de pequeníssimos pontos, que um ao lado do outro, conformam uma extensíssima ponte que, a distancia não parece ser muito sólida, porém que em realidade, é o  único que nos sustenta unidos a todas nossas encarnações anteriores e a presente. Isso possibilita e facilita a introspecção em nossos “eus” mais íntimos, ou intrincados, ou também nos mais sábios que temos podido espraiar em nosso passado, ou projetar para nosso futuro. Mas tudo, absolutamente tudo está delineado nessa linha ponteada chamada: tempo.

               Por que dizemos que o tempo é um fator existencial? Porque está relacionado à ingerência do que conhecemos, desconhecemos, ou poderá ser inconcebível que seria o mesmo que entrar em parâmetros de consciência de ordem superior.

               Quando se viaja através do tempo, se buscam soluções e de fato, se encontram. Quando vós tendes um problema a ser resolvido, começais primeiro a tentar ver por onde veio o “ruído” ou seja: por onde veio à razão de ter dito problema ou obstáculo. Assim se começa a viajar no tempo, se começam a mover vossos neurônios, nos quais está arquivada toda a informação que se precisa para se desvendar, véu a véu, a solução anelada.

               Vamos a ponto: se por exemplo, vos distanciais de vossa realidade: isso imediatamente vos trará confusão em vossa linha ponteada. Seria o mesmo que saltarmos alguns pontinhos e de fato, haverá vazios que serão perigosos. Para viajar adequadamente no tempo, se deve ter em conta que, tudo o que se possa fazer para encontrar uma solução através dele, será somente seguindo suas próprias regras, não as que vossa mente concreta pretenda insinuar-vos. Por isso, estar muito atentos a não vos perder de vossa realidade atual, é o ponto de apoio ou ponto de partida para tão peculiar viagem.

               Uma vez que estais prontos e determinados para começar dita viagem em procura de uma solução interior, vereis como vosso sonho muda, cambia. Ou dormireis mais ou dormireis menos. Mas haverá distúrbios no sonho. Porque o mesmo, é um estado alterado de consciência. Vosso cérebro continuará buscando a informação, em vigília ou no sonho. E, de tal forma a busqueis, a encontrareis. O mero fato de formular o amplo desejo de conhecer a forma de solucionar uma situação, vos faz facilitadores álmicos de tão peculiar viagem. E começareis a soletrar, por assim dizê-lo, como é o sondar que deveis fazer, que é o que deveis fazer para acelerar o processo de situação evolutiva, e em conseqüência, vos vereis marcados numa alegria interior, que será coroada pelo triunfo de haver logrado significativas mudanças em vosso desenvolvimento espiritual.

                O tempo é ilimitado, porém tem estações. É como um trilho de trem. E vós podeis deter-vos nas estações que desejeis para aprofundar o que deve ficar mais claro ali, algo que não havias culminado de trabalhar em outra vida. E, sentindo-se em vossa pele emocional, o podeis solucionar agora, neste tempo atual.

               Mas também e por outro lado, quando neste vosso tempo atual, não possais encontrar a solução a vosso problema, então fareis o mesmo, viajando no tempo, e pedireis a ajuda a alguma de vossas sínteses antigas, que em alguma de vossas encarnações, já soube como resolver dita questão determinada e dela vos nutrireis para poder resolvê-la agora. Mas: por que haveria de reiterar-se nesta vida, se é que já a haveis solucionado em outra? Porque estivestes inseguros quando o fizestes. E não foi um registro forte, senão mais bem fortuito. E  por isso, ficou no passado,  e por isso, é uma poupança espiritual que vos servirá agora quando tenhais carência de informação para resolver o mesmo exato problema. Mas, desta vez: ficará absolutamente registrado, porque vossa consciência atual é muito mais ampla, e está abastecida pela enorme impregnação da Era Aquariana, que vos aporta receptividade, mudança e profundidade no sentir.

               Continuaremos mais adiante com outros exemplos.

 

                                                                                         A Irmandade de Lady Nada.

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